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Hospitais no Vermelho? O Que a Nova Tabela do SUS Não Te Conta (Mas Você Precisa Saber)

A recente atualização da SIGTAP (Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS) em 2024 trouxe consigo promessas de modernização e maior eficiência no financiamento da saúde pública. No entanto, por trás das mudanças técnicas, há desafios significativos para a gestão financeira de hospitais e clínicas que dependem do Sistema Único de Saúde.

Este artigo tem como objetivo esclarecer o que é a SIGTAP, quais as principais alterações em sua versão mais recente e, principalmente, como os gestores hospitalares podem se adaptar para evitar prejuízos e garantir a sustentabilidade de suas instituições.

O Que é a SIGTAP e Qual a Sua Importância?

A SIGTAP é o sistema oficial que define os procedimentos, medicamentos e órteses, próteses e materiais especiais (OPM) cobertos pelo SUS. Ela estabelece:

  • A abrangência de cobertura: Quais procedimentos são reembolsáveis pelo SUS.
  • Os valores de remuneração: Quanto o SUS paga por cada serviço prestado.
  • As regras de faturamento: Quais códigos e critérios devem ser seguidos para evitar glosas.

Essa tabela é essencial para hospitais filantrópicos, clínicas conveniadas e prestadores de serviços de saúde, pois é a base para o repasse de recursos federais. Uma falha na sua interpretação pode significar perdas financeiras significativas devido a rejeições de contas ou pagamentos abaixo do custo real.

Principais Mudanças na SIGTAP 2024

A atualização de 2024 buscou adequar os valores e procedimentos à realidade atual da assistência em saúde, mas trouxe consigo impactos que exigem atenção imediata dos gestores.

1. Revisão de Valores: Ajustes Desiguais

Alguns procedimentos tiveram reajustes, mas de forma heterogênea. Enquanto alguns ganharam aumentos significativos, outros permaneceram com valores defasados há anos.

Exemplo:

  • Consulta básica: Teve um reajuste de 5%, passando de R28,00 para 29,40.
  • Cirurgia de apendicectomia: Apesar do aumento nos custos de insumos e equipe, o valor pago pelo SUS não acompanhou a inflação do setor.

Isso significa que, para muitos hospitais, o valor repassado pelo SUS continua abaixo do custo real, pressionando ainda mais as finanças das instituições que já operam no limite.

2. Reclassificação de Procedimentos: Impacto no Faturamento

Vários procedimentos foram reagrupados ou reclassificados, o que exige uma revisão imediata dos sistemas de registro e faturamento.

Exemplo:

  • Procedimentos antes listados separadamente agora podem estar consolidados em um único código, reduzindo a possibilidade de cobrança individualizada.
  • Algumas cirurgias minimamente invasivas foram incluídas em grupos maiores, dificultando a diferenciação no faturamento.

Se as equipes de auditoria e faturamento não estiverem atualizadas, o risco de glosas aumenta consideravelmente.

3. Inclusão e Exclusão de Itens: Novas Oportunidades e Riscos

A SIGTAP 2024 incorporou novos procedimentos, como algumas cirurgias robóticas e exames genéticos, o que é positivo para a modernização da assistência. No entanto, também excluiu procedimentos antigos que ainda são utilizados por muitos hospitais.

Exemplo:

  • Um hospital que ainda realiza um exame excluído da tabela pode ter sua conta rejeitada, mesmo que o procedimento seja clinicamente necessário.

Principais Mudanças na SIGTAP 2024

A atualização de 2024 buscou adequar os valores e procedimentos à realidade atual da assistência em saúde, mas trouxe consigo impactos que exigem atenção imediata dos gestores.

1. Revisão de Valores: Ajustes Desiguais

Alguns procedimentos tiveram reajustes, mas de forma heterogênea. Enquanto alguns ganharam aumentos significativos, outros permaneceram com valores defasados há anos.

Exemplo:

  • Consulta básica: Teve um reajuste de 5%, passando de R28,00 para 29,40.
  • Cirurgia de apendicectomia: Apesar do aumento nos custos de insumos e equipe, o valor pago pelo SUS não acompanhou a inflação do setor.

Isso significa que, para muitos hospitais, o valor repassado pelo SUS continua abaixo do custo real, pressionando ainda mais as finanças das instituições que já operam no limite.

2. Reclassificação de Procedimentos: Impacto no Faturamento

Vários procedimentos foram reagrupados ou reclassificados, o que exige uma revisão imediata dos sistemas de registro e faturamento.

Exemplo:

  • Procedimentos antes listados separadamente agora podem estar consolidados em um único código, reduzindo a possibilidade de cobrança individualizada.
  • Algumas cirurgias minimamente invasivas foram incluídas em grupos maiores, dificultando a diferenciação no faturamento.

Se as equipes de auditoria e faturamento não estiverem atualizadas, o risco de glosas aumenta consideravelmente.

3. Inclusão e Exclusão de Itens: Novas Oportunidades e Riscos

A SIGTAP 2024 incorporou novos procedimentos, como algumas cirurgias robóticas e exames genéticos, o que é positivo para a modernização da assistência. No entanto, também excluiu procedimentos antigos que ainda são utilizados por muitos hospitais.

Exemplo:

  • Um hospital que ainda realiza um exame excluído da tabela pode ter sua conta rejeitada, mesmo que o procedimento seja clinicamente necessário.

Estratégias para os Gestores Hospitalares

Diante desse cenário, os administradores de saúde devem agir rapidamente para mitigar os riscos.

1. Atualização dos Sistemas Internos

  • Garantir que softwares de gestão, prontuários eletrônicos e sistemas de faturamento estejam alinhados com a SIGTAP 2024.

2. Capacitação das Equipes

  • Treinar equipes de faturamento, codificadores e auditores para evitar erros que levem a glosas.

3. Adoção de Métodos de Custeio Avançados

  • Migrar de rateios genéricos para sistemas como custeio por absorção ou ABC, permitindo identificar com precisão onde os custos superam os repasses do SUS.

4. Diversificação de Fontes de Receita

  • Buscar parcerias com operadoras de saúde, programas de atenção primária e serviços complementares para reduzir a dependência exclusiva do SUS.

5. Participação em Fóruns e Discussões Setoriais

  • Acompanhar as mudanças regulatórias e influenciar políticas públicas por meio de associações e entidades representativas.

Conclusão

A SIGTAP 2024 representa um avanço necessário, mas também um desafio financeiro para hospitais que já enfrentam dificuldades. A diferença entre os valores repassados pelo SUS e os custos reais pode levar muitas instituições ao vermelho se não houver uma gestão proativa.

A chave para a sobrevivência está na modernização de processos, capacitação das equipes e busca por fontes alternativas de receita. Mais do que uma obrigação burocrática, entender e adaptar-se à nova SIGTAP é uma questão de sustentabilidade financeira para os serviços de saúde no Brasil.

A hora de agir é agora.

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Sandro Schmidt

Sandro Schmidt

Writer & Blogger

Administrador com mais de 25 anos de experiência na área da saúde, especializado em Gestão Financeira, Controladoria, Auditoria e Custos Hospitalares. Criei e implantei departamentos de custos do zero, desenvolvendo metodologias que geraram resultados expressivos em diversas empresas. Expertise em precificação de pacotes hospitalares, cirurgias e procedimentos, além de estratégias de reposicionamento e implantação de sistemas de custos e ciclo da receita. Fundador da PromoVendo Soluções, uma empresa dedicada a contribuir com a gestão financeira de hospitais e empresas de saúde, focando em custos, estratégias e sustentabilidade financeira. Acredito que o conhecimento é a base para uma gestão eficaz e transformadora.

Autor

Sandro Schmidt

Blogger & Writer

Administrador de empresas com mais de 25 anos de experiência na área da saúde, especializado em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria. Expert em custos hospitalares, precificação e estratégias de reposicionamento. Fundador da PromoVendo Soluções, empresa dedicada a auxiliar hospitais e negócios do setor de saúde na gestão de custos e na otimização de receitas.

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PromoVendo Soluções é uma empresa dedicada a impulsionar o sucesso de instituições, oferecendo conhecimento especializado em custos e finanças, com foco na área hospitalar. Nosso objetivo é auxiliar organizações a compreenderem profundamente seus custos, desenvolverem estratégias eficazes de redução de despesas e maximizarem suas receitas, garantindo sustentabilidade financeira sem comprometer a qualidade dos serviços. Fornecemos insights estratégicos, promovemos a eficiência operacional e compartilhamos as melhores práticas do mercado para fortalecer a gestão financeira das instituições.

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